No site Os Divergentes, o repórter Andrei Meirelles dá a única explicação para a nomeação do general Carlos Alberto Santos Cruz para o cargo de ministro da Secretaria de Governo, pasta que estava morta e enterrada pelos planos de enxugamento do número de ministérios.
Com todo o respeito, o general, cujo apelido na caserna era “Chuck Norris”, não tem a menor embocadura para tocar aflauta necessária às articulações com deputados e senadores. Ele próprio já esteve na Secretaria de Segurança Pública do Governo Federal e conta que, quando estava nas forças de paz mandadas para o Congo, andava de fuzil na mão e dizia que ali não era Nova York.
Cruz havia sido anunciado como Secretário Nacional de Segurança Pública por ninguém menos que Carlos, filho do presidente no dia 21, através do Twitter e foi vetado por Moro, que não quer ninguém na sua estrutura com luz própria e que não possa, se desejar, mandar para uma repartição aduaneira ou para um setor de emissão de passaportes.
A tropa ali é dele, dele e de mais ninguém.
Agora, sou eu quem acrescento fatos e o que eles levam a pensar.
No dia seguinte, 22, sem razão aparente, Carlos Bolsonaro anunciou que estava deixando as articulações do governo do pai e retomando sua cadeira de vereador no Rio de Janeiro.
Ao que tudo indica, Ônyx Lorenzoni foi chamado a dar sua cota de sacrifício para resolver o problema, dando um pedaço de seu ministério, porque seria necessário compensar o general com uma promoção pela desfeita, “tá ok”?
Como, mesmo com sua experiência com fuzis, Cruz não tem calibre para enfrentar as feras do Parlamento, que ronronam de frente e abocanham por trás e nenhum traquejo para “coordenar as ações de governo”, porto para o qual já se ofereceu o General Mourão que, se não tem rodagem, tem o cargo de vice-presidente a respaldá-lo, o general Cruz parece estar condenado a ser uma alma penada no Palácio do Planalto.
Moro, ao contrário, sinaliza ter um canhão capaz de derrubar até um general e um filho do “homem”.
Fonte: Tijolaço
Madalena França
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