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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Até Merval, o “último dos moicanos”, vê Bolsonaro atingido no caso Queiroz


As crescentes evidências das ligações entre o gabinete do agora senador Flávio Bolsonaro e as milícias que controlam o submundo do crime no Rio de Janeiro estão abalando, pela imundície explícita, até os mais intransigentes defensores do “papel civilizatório” do selvagem governo sob o qual caímos. Até mesmo o quase inabalável Merval Pereira.
Na sua coluna de hoje, certamente escrita antes que Bolsonaro recuasse da atitude de lançar ao mar o “garoto”, elenca a quantidade implausível de indícios daquela promiscuidade, mas procura tirar deste meio o impoluto ex-juiz Sérgio Moro, o mudo.
(…) seu alcance é limitado por suas novas funções. Ele já não é o juiz da Operação Lava Jato. Cabe ao Ministério Público do Rio de Janeiro investigar e, se for o caso, denunciar os culpados. Ele já demonstrou que é eficiente e ágil no combate à corrupção, e tem atuado com firmeza na investigação do caso Marielle, que pode acabar se imbricando com esse caso do senador eleito Flávio Bolsonaro. O que está na sua alçada, Sérgio Moro está fazendo: anunciou que tratará as milícias na legislação que proporá ao Congresso como organizações criminosas, como o PCC ou o Comando Vermelho. E o Coaf, agora sob sua gestão, não parou de trabalhar no caso.
Curioso que, antes, quando o “alcance” de Moro era limitado pela sua condição de simples juiz de 1 ª instância em Curitiba, moveram-se paus, pedras e mundos para que tudo lhe caísse às mãos.
Ocaso Queiroz avança há 40 dias rumo ao pântano e nem mesmo uma palavra mais firme se ouviu de Sua Excelência, que se anunciava antes como uma espécie de Corregedor Geral do novo governo.
Antes de saber da novo abraço de afogado que aceitou do filho, Merval escreveu que Jair Bolsonaro errava por achar que o assunto não o atingia:
O presidente Bolsonaro já disse em Davos: se ficar provado que o filho errou, terá que pagar pelo que fez. Afinal, é sabido que o presidente, equivocadamente, acha que esse assunto não lhe diz respeito.  
E a Sérgio Moro, que trocou o que deveria ser seu limitado alcance como juiz de piso pela condição, muitíssimo mais ampla, politicamente, de Ministro da Justiça, também não lhe diz respeito, Merval?

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