Do Blog do Esmael Morais
Postado por Madalena França.
Direita e esquerda taparam o nariz nesta sexta-feira, 1º de Maio, ao participarem juntas de um ato virtual promovido pelas centrais sindicais.
Os ex-presidentes Lula, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso, bem como os presidenciáveis Ciro Gomes e Marina Silva “subiram” no mesmo palanque.
FHC e Lula dividiram o mesmo espaço após 31 anos. A última vez que eles estiveram juntos numa campanha eleitoral foi em 1989, no segundo turno, na disputa do petista contra Collor de Mello.
O palanque neoliberal das centrais sindicais poderia ter sido pior ainda, mas os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foram “convencidos” a não subirem no palanque. Os dois parlamentares foram os responsáveis pela definição de todas as votações que tiraram direitos dos trabalhadores brasileiros.
Veja o disseram Lula, FHC e Ciro no palanque neoliberal das centrais sindicais:
Fernando Henrique Cardoso, PSDB
“Não é hora de nos desunirmos. É hora de nos juntarmos porque temos que construir um futuro. O futuro tem que ser construído a partir das condições do presente. São negativas, eu sei, mas são as que nós temos.”
“Não é hora de nos desunirmos. É hora de nos juntarmos porque temos que construir um futuro. O futuro tem que ser construído a partir das condições do presente. São negativas, eu sei, mas são as que nós temos.”
Luiz Inácio Lula da Silva, PT
“As grandes tragédias também são reveladoras do verdadeiro caráter das pessoas e das coisas. Não me refiro apenas ao deboche do presidente da República com a memória de mais de cinco mil brasileiros mortos pela Covid-19. A pandemia deixou o capitalismo nu.” (Luiz Inácio Lula da Silva, PT)
“As grandes tragédias também são reveladoras do verdadeiro caráter das pessoas e das coisas. Não me refiro apenas ao deboche do presidente da República com a memória de mais de cinco mil brasileiros mortos pela Covid-19. A pandemia deixou o capitalismo nu.” (Luiz Inácio Lula da Silva, PT)
Ciro Gomes, PDT
“Desejo que esse 1º de Maio, apesar de tanta aflição e angústia, ajude a levantar o nosso querido povo brasileiro e possamos ser capazes de organizar essa luta e reconquistar os nossos direitos.”
“Desejo que esse 1º de Maio, apesar de tanta aflição e angústia, ajude a levantar o nosso querido povo brasileiro e possamos ser capazes de organizar essa luta e reconquistar os nossos direitos.”
Centrais sindicais fazem ato virtual com políticos que tiraram direitos dos trabalhadores
As principais centrais sindicais do País perdoaram os pecadores e seus pecados neste 1° de Maio, ao reunir no mesmo palanque virtual lideranças à esquerda de conhecidos neoliberais que vilipendiaram direitos dos trabalhadores brasileiros.
O tema do Dia do Trabalhador deste ano é “Saúde, emprego e renda. Em defesa da Democracia. Um novo mundo é possível”.
“Políticos de direita que destruíram a CLT, acabaram com o direito à aposentadoria, defendem o congelamento do salário mínimo e a retirada de direitos sociais vão falar em ato virtual do 1o de maio das centrais sindicais, criticou a deputada federal Erika Kokay (PT-DF)
“O que vão dizer aos trabalhadores e trabalhadoras?”, questionou a parlamentar petista, que não está sozinha na crítica.
Para o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), presidente da Frente Ampla pela Soberania, as centrais sindicais, em crise de síndrome de Estocolmo, levam seus algodões, para falar no palanque do Primeiro de Maio. “Santa Maria da boca do monte!”, ironizou pelo Twitter.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o emedebista pediu no dia de hoje reflexão, tomada de consciência e luta dos trabalhadores.
Requião afirmou ainda que a luta contra neoliberalismo tem que ser junto contra o presidente Jair Bolsonaro, por meio do Fora Bolsonaro, e pela derrubada do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Por que não juntos?”, perguntou, ao contestar a tese segunda a qual deve-se lutar primeiro contra Bolsonaro, depois Guedes e somente depois o neoliberalismo.
Sem citar nomes, Roberto Requião disse que algumas instituições democráticas convidaram para participar das comemorações do Primeiro de Maio operadores do capital financeiro, quadros da direita. “Democracia? Se vivo estivesse convidariam também o coronel Ustra?”, fustigou o emedebista.
As principais centrais sindicais justificaram o palanque virtual, à distância, para reforçar o isolamento social em tempos de pandemia da COVID-19, porém, segundo elas, “estimulando a solidariedade entre as pessoas, o fortalecimento das ações culturais e as reflexões sobre o momento político que o País está vivendo.”
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