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domingo, 4 de julho de 2021

De bigu com a modernidade:rally deste ano será todo nordestino

 

                                                           Magno Martins

Sertões: rally deste ano será todo nordestino

E o maior rally das Américas vai ser todo nordestino, com cuscuz, mel de engenho, camarão, agulhinha frita e o que mais surgir: de 13 a 22 de agosto deste ano, os aventureiros (de carros, motos ou picapes) vão cruzar sete dos nove estados da região, percorrendo exatos 3.524 km de percurso. O evento pretende garantir duas coisas: prova dura e exigente e beleza de fazer piloto errar o trajeto. 

Por exemplo: a largada será na belíssima Praia da Pipa, em Tibau do Sul, em comemoração aos 520 anos do Rio Grande do Norte. A chegada? Na não menos bela Praia dos Carneiros, em Tamandaré, Pernambuco. Em resumo: o Sertões 2021 irá animar, e será animado, por potiguares, paraibanos, pernambucanos piauienses e baianos - além alagoanos e cearenses (estes dois últimos não receberão a Vila dos Sertões, que garante o acesso controlado do público). 

O roteiro com 3.524 km engloba trechos especiais de 150 cidades da região Nordeste, num total de 2.164 km - ou 60% do percurso cronometrado. A primeira especial vai pelo sertão do Seridó, uma região montanhosa - e já para esquentar os motores e aclimatar os competidores. A segunda etapa é uma ligação para o sertão mais a Oeste. 

No terceiro dia a caravana vai passar por vários parques eólicos e por uma ponte com 800 metros de comprimento. Até chegar no quarto dia, quando vão se deparar com o primeiro tesouro da natureza: o entorno da Serra da Capivara, patrimônio mundial da Unesco. Muita pedra, rochas e, claro, muita beleza.

A etapa Maratona, temida por pilotos e navegadores por não permitir apoio mecânico, será no quinto dia de prova - estabelecerá um novo recorde no Sertões: a maior especial em areia já feita na história. Serão 220km de areia pesada dentro de uma especial de 330km. Pode ser a mais dura especial da prova, mas a direção garante: será a mais prazerosa.

Por fim, o sétimo dia garantirá, às margens do rio São Francisco, um fenômeno bem nosso: a caatinga virando verde e a chegada com vista para um cânion deslumbrante.  O último dia não terá areia, apesar da proximidade com o litoral de PE, mas o desafio será a navegação.

Campeão em algumas categorias do automobilismo mundial, o piloto Nelsinho Piquet vai competir com o Can-Am Maverick X3, na equipe Piquet Sports. É a segunda vez em sua carreira numa competição de rali cross-country. Apaixonado por velocidade e desempenho, Nelsinho aposta no percurso. “Ficou mais prazeroso”, comentou.

Postado or Madalena França

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