O Estadão noticia que, em sua defesa perante o TSE na ação que foi proposta por deputados do PT por sua aparição propagandística no Domingão do Faustão, o apresentador Luciano Huck, expressamente,“reitera que não será candidato no pleito deste ano”.
Assim, por escrito, com todas as letras.
Quanto vale o show? Nada, tanto que hoje mesmo seu passageiro da agonia, Fernando Henrique Cardoso, vai reunir-se com ele para tratar da “candidatura que não existe” à Presidência da República, como relata o seu porta-voz na mídia, Merval Pereira.
E a primeira lição do velho mestre da velhacaria já vai pronta: “esqueçam o que escrevi”.
Não é uma questão de consciência ou de disposição que ainda trava Huck em sua ambição.
São duas razões e a primeira é obvia, evidente a qualquer um: o tempo de televisão. Huck sabe que sua superprodução eleitoral precisa de mais do que os poucos segundos que o PPS, linha auxiliar do tucanato, lhe pode oferecer. O que ele quer saber é se Fernando Henrique dá garantias de que a “pernada” em Alckmin se dará a tempo de formalizar o apoio do PSDB e, alternativamente, quais são os pequenos partidos que o ex-presidente pode arrebanhar para a aventura e por quanto mel se atrairão as moscas de sua popularidade televisiva.
A segunda questão é a exposição pública, inevitável, de seus negócios. São muitos e alguns bem “saborosos” para os jornais. Não pensem que serão coisas inocentes como uma loja de camisetas ou academias de ginástica e os próximos dias o confirmarão.
De qualquer forma, João Doria se assanha. Por enquanto, valoriza sua posição de “amigo do Alckmin”, mas espera que a desestabilização que lhe faz Fernando Henrique Cardoso lhe seja extremamente útil, seja para o Plano A, presidencial, seja para o atualmente viável Plano B, o de governar São Paulo.
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