Por Madalena França do Blog do Esmael
Vale tudo para driblar o teto constitucional que impede os servidores públicos de ganharem mais de R$ 33,7 mil por mês. Juízes e procuradores vitaminam os próprios vencimentos com o auxílio-moradia, como nos casos de Sérgio Moro, Marcelo Bretas e dos desembargadores do TRF4 que julgaram Lula, mas no governo do Paraná os secretários de Estado “explodem” o teto participando de vários conselhos de estatais. É o caso de Mauro Ricardo Costa, titular da pasta da Fazenda, cujo contracheque chega a R$ 100 mil por mês.
Em março de 2017, o deputado Nereu Moura (MDB) denunciou na Assembleia Legislativa o supersalário do marajá de estimação do governador Beto Richa (PSDB). “Eu achava que eram seis conselhos, mas são sete. As informações vêm em conta-gotas, mas o secretário-marajá tem salário superior a R$ 100 mil mensais”, disse.
Comparado com a farra dos supersalários no Paraná, o auxílio-moradia no judiciário vira “café pequeno”.
A fórmula mágica que Richa utiliza para bombar o holerite de Mauro Ricardo e outros secretários de Estado mais próximos é bastante simples: ele cortou 13,35% do valor do salário de professores PSS (contratados temporariamente), deu calote em reajustes inflacionários para servidores públicos de carreira, fez chantagem com as universidades estaduais para que abrissem mão de sua autonomia financeira, não cumpriu o piso nacional do magistério, dentre outras barbaridades.
Auxílio-moradia na magistratura e supersalários no secretariado de Beto Richa são sinônimos, irmãos siameses. Portanto, são imorais e engordam as contas bancárias dos privilegiados.
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