Ontem, na abertura do ano legislativo, a mensagem de Michel Temer punha a reforma da Previdência (que a esta altura ninguém mais sabe o que tem e o que não tem) nos píncaros das prioridades nacionais.
Idem fez Rodrigo Maia, presidente da Cãmara, jurando que não disse o que todo mundo sabe que disse: que a reforma nem deve ser votada, porque não passa.
Já Eunício de Oliveira, presidente do Senado, teceu loas a um Plano Nacional de Segurança Pública que está prometido desde que, há mais de um ano, cortaram cabeças nos presídios e ninguém sabe e ninguém viu.
O ministro – com licença de usar a palavra antes do almoço – Carlos Marun diz que o governo não vai sugerir a troca do nome de Cristiane Brasil ao PTB, enquanto imploram a Roberto Jefferson para ceder e evitar o inevitável e incrível caso da ministra que não foi sem nunca ter sido.
O Banco Central abre a reunião do Copom com todos esperando que ele baixe mais um pouco a taxa de juros do “mercadão” – porque a do “mercadinho” dos viventes normais, no cartão, no cheque especial ou no CDC cobra, num mês, mais do que a Selic de um ano. Espera, mesmo contra todas as evidências de que os juros internacionais estão subindo, por conta dos EUA.
E assim vamos sonhando um sonho que só existe em Brasília, na elite dirigente e nos jornais brasileiros.
Do qual, talvez, tenhamos de acordar com aquela campainha que abre o pregão na Bolsa de Nova York.
Lá, onde fica o centro do mundo.
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