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A Polícia Federal decidiu anexar ao inquérito que investiga Michel Temer por corrupção nos portos uma tabela que aponta pagamentos de empresas do setor portuário – área comandada pelo PMDB há décadas – a ele e seus aliados; com isso, cresce a possibilidade de que Temer seja alvo de uma terceira denúncia, depois de já ter sido denunciado por corrupção e comando de organização criminosa; rejeitado por mais de 90% dos brasileiros, Temer chegou ao poder por meio de um golpe e é o governante mais impopular do mundo
SP 247 – O cerco vai se fechando contra Michel Temer em mais uma investigação de corrupção.
Um relatório preliminar da Polícia Federal anexado ao inquérito que investiga Michel Temer e outros membros do governo por supostas irregularidades na edição de um decreto para o setor de portos reproduz uma tabela datada de 1998 que sugere pagamentos de empresas do Porto de Santos (SP) ao peemedebista e aliados.
A tabela é conhecida das autoridades desde os anos 90, quando foi apresentada pela ex-mulher de um ex-presidente da Codesp, órgão que administra o porto. Ela é parte de outro inquérito, que tramitou no Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi arquivado em 2011, na parte relativa a Temer, por decisão do ministro Marco Aurélio Mello. O arquivamento ocorreu depois que Temer (MDB) se tornou vice-presidente de Dilma Rousseff (PT) e o conteúdo da tabela foi divulgado pela “Folha de S. Paulo”.
O papel é datado de agosto de 1998 e intitulado “Parcerias realizadas – concretizadas / a realizar”. Ele traz iniciais de nomes ao lado de percentuais e valores relacionados a seis itens, incluindo a Rodrimar e a Libra, empresas que administram terminais de portos em Santos (SP), feudo político de Temer.
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O papel indica “MT”, provável referência a Michel Temer, ao lado dos registros “3,75%, $ 640.000,00” no espaço que trata da Libra, cuja “participação” era de 7,5%, com um “saldo a receber” de “$ 1.280.000”. As iniciais do presidente também estão ao lado do nome da Rodrimar, uma empresa que também administra porto em Santos, com a cifra de “$ 600.000”. A Rodrimar é um dos alvos da apuração aberta em 2017.
As informações são de reportagem de Rubens Valente e Reynaldo Turollo Jr.
por Madalena França
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