Embora os jornais já o tratem por “MDB” – que com todos os seus defeitos, “era o que tínhamos” sob a ditadura – só hoje o PMDB protocolou no Tribunal Superior Eleitoral o pedido para retirarem-lhe o P do nome.
O requerimento é burocrático e vai na linha da maquiagem que todos os partidos que se tornaram abjetos aos olhos do povo brasileiro seguem nestes tempos. Mas contém uma ironia: é assinado e patrocinado pelo Dr. Renato Oliveira Ramos, que, na condição de advogado de Eduardo cunha, visitou o inditoso ex-presidente da Câmara no cárcere de Curitiba e, depois, segundo o Estadão, ” repassou ‘impressões’ das conversas a Gustavo Rocha, responsável pela Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, órgão que assessora ministros e o próprio presidente.”
Não se sabe se colheu-se, nestas conversas, ‘impressões’ sobre o rebatismo do partido, que trocou, com os anos, de retrato na parede: do velho Ulysses para o velhaco Temer.
Tudo é possível, já que o P – de pudor – já saiu da sigla, na prática, faz tempo.
Por Madalena França
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