Quinze dias atrás, a caricatura que preside (?) este país disse que não iria sair do governo com “essa pecha de um sujeito que incorreu em falcatruas“.
Gustavo Uribe, na Folha, explica como Temer pretende realizar esta proeza: com mais uma falcatrua.
“A equipe do presidente planeja uma campanha de marketing, para ser veiculada a partir de março, no esforço de desvincular a figura pública de Temer de denúncias de corrupção e de acusações de irregularidades.
A ideia é rememorar a carreira do emedebista, afirmando que ele não possui contas bancárias no exterior e tem patrimônio compatível com a sua trajetória política.
Isso inclui mostrar detalhes da vida privada do presidente, argumentando que sua família não consome produtos de luxo, não trocou de carro desde que ele assumiu o Palácio do Planalto e que mantém uma vida simples.”
A ideia é rememorar a carreira do emedebista, afirmando que ele não possui contas bancárias no exterior e tem patrimônio compatível com a sua trajetória política.
Isso inclui mostrar detalhes da vida privada do presidente, argumentando que sua família não consome produtos de luxo, não trocou de carro desde que ele assumiu o Palácio do Planalto e que mantém uma vida simples.”
Realmente, uma vida tão simples e frugal que nem percebeu que faltavam R$ 28 mil no seu pagamento, vivendo apenas com R$ 4 mil por mês, não é?
Como a publicidade estatal, ao que se saiba, é institucional e não pode se prestar à promoção social, estranho que a matéria não indague como seria feita esta “campanha de marketing”.
A “equipe do presidente” é paga com que recursos para prestar-lhe serviços particulares de promoção de imagem?
A campanha vai ser veiculada com quais recursos?
Agora, pasme: o ambicioso objetivo da ofensiva (em todos os sentidos) de marketing pessoal de Michel Temer – da qual já se tem sinais com seu périplo por programas de auditório – é “reduzir para 60%” a sua impopularidade.
Chama o publicitário Nizan Guanaes, Temer, aquele que te recomendou aproveitar a impopularidade e fazer as maldades que fez. Sabe, ele é um homem que sabe se adaptar.
Em fevereiro de 2011, logo depois de Lula sair do Governo, ele escreveu na Folha que “era muito difícil viver numa nação onde a maioria morria de fome e a minoria morria de medo. Hoje o país oferece oportunidades a todos”.
Agora que voltamos a não oferecer oportunidade a todos, agora que voltamos a ter a maioria morrendo de fome e, de quebra, também morrendo de medo, quem sabe ele não inventa outro “paraíso”?
Uma Canaã onde não mana leite e mel, como no Êxodo, mas ódio e fel, como no seu governo.
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