Parafraseando o hit absurdo do momento "Que Tiro Foi Esse", criticou *Arnaldo Jabor* em um de seu textos. Eu traria para Orobó as seguintes interrogações?
Que tiro foi esse?
Que tiro foi esse que fechou o hospital e jogou funcionários ao leu, sem uma resposta a seus salários e aos seus direitos?
Que tiro foi esse que ensurdeceu ouvidos até de mentes cristãs, que deveriam servir de exemplo de honestidade e servem de porta vozes dos protagonistas da maldade?
Que tiro foi esse que derramou até a última gota de suor de quem trabalha, em favor de um grupinho de privilegiados por serem ditos da casta maior da sociedade?
Que tiro foi esse que ao apontá-lo assalta o bolso de pobres, trabalhadores rurais, e de todos que trabalham honestamente?
Que tiro foi esse que não polpou nem o cementério no dia de finados, cobrando dos parentes o passaporte para visitar seus defuntos? Que tiro foi esse que mata até quem já morreu?
Que tiro foi esse que cega a sociedade que não ver o mais que óbvio?
Que tiro foi esse que cala a boca dos que deviam gritar alto, gritar forte, pelo seu povo humilhado e escravizado?
Que tiro foi esse que acertou em cheio a nossa sociedade , deixando muita gente doente, insegura, com medo de uns poucos assaltantes, dominar impiedosamente mais de vinte três mil pessoas que se encontram na cadeira de rodas da desilusão?
Que tiro foi esse?
Que tiro de "merda" foi esse que saiu pelo cano dessa arma fatal deixando paralíticos que andam, cegos que enxergam, surdo que ouvem e mudos que falam? Todos, sufocados com a podridão de uma metralhadora que atira para todos os lados, fazendo vítimas todos os dias.
Até quando suportaremos ser baleados nesta terra sem lei?
Por Madalena França.
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