Há sambas que, ganhando ou mais frequentemente não vencendo o concurso oficial do desfile das escolas de samba no Rio, a gente sabe, ao ouvir, que entraram para a História. como fez o inesquecível “Canudos” da União da Ilha, em 1976.
São aqueles que conseguem arrancar de nós as memórias atávicas, as histórias que nos escondem, os orgulhos que sobrevivem.
O samba e o desfile da Paraíso do Tuiuti -vencedores sem contestação na preferência popular mas, provavelmente, nada além disso nos “júris” oficiais – são destes que serão lembrados anos a fio, por tudo o que têm de qualidade poética, crítica social e humor político dos mais ácidos.
Uma maravilha que me manda o amigo Celso Vicenzi, como a lembrar o que pode ser o carnaval sem megapatrocínios, tapetes e astronautas voadores, que reproduzo abaixo, sem a solenidade do desfile, sem as roupas e adereços brilhantes, mas com os homens e mulheres da vida real.
Que cantam, sem fantasia, o que é pura realidade e tanta gente só enxerga e sente na Passarela.
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