Buenos Aires e outras cidades argentinas estão parados contra a decisão do Governo Macri de reeditar algo que, para nós, não é novidade: ir ao Fundo Monetário nacional buscar ajuda para que o país continue pagando juros aos rentistas.
Até o conservador El Clarín reconhece a adesão à greve: “a greve é forte”. O jornal mais à esquerda, o Página 12, registra: “Sem ônibus, metrôs, trens ou aviões, a greve convocada pela CGT parece forte, à qual quase todo o arco sindical adere ao protesto contra as políticas do governo de Mauricio Macri. O governo insiste em descartar a medida como “política”.
Aqui, só não chegamos a isso, paradoxalmente, porque os governos interrompidos pelo golpe de 2016 deixaram um imenso colchão de reservas cambiais, que começou a ser dilapidado em operações para evitar uma disparada maior do dólar.
Dólar no qual as apostas do “mercado” seguem fortes, como revelou o Valor, cobrando a entrega de dólares pelo Banco Central e, logo, logo, a elevação dos juros, com as expectativas dos bancos de alta da inflação e de menor expansão do PIB, que passou de 3% em fevereiros para meros 1,5% agora, e vai baixar mais).
O “eu sou você, amanhã” ainda não se aposentou.
Madalena França via Tijolaço
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