A jornalista Mônica Bergamo, da Folha, afirma que o governador eleito João Doria (PSDB-SP) dançou politicamente com a nomeação do juiz Sérgio Moro para superministério da Justiça.
Segundo a colunista, a ida do magistrado da lava jato para a política esvaziou a possibilidade de o tucano se transformar no candidato de Jair Bolsonaro a presidente em 2022.
“A ideia era considerada por alguns integrantes do núcleo mais próximo do presidente eleito —ele sempre repete que não será candidato à reeleição caso o Congresso aprove uma reforma política que acabe com a existência de um segundo mandato”, anota a articulista da Folha.
O problema é que poderá não haver eleição em 2022, não exatamente em virtude de uma reforma política, em razão do caráter autoritário do governo que irá se instalar a partir de janeiro de 2019.
A história está recheada de [maus] exemplos de políticos que apostaram num governo militar de transição que durou “apenas” 21 anos. Os maiores enrolados desse período foram Carlos Lacerda e JK. Ambos acreditaram que os militares devolveriam “de boa” o poder aos civis.
Feito este parêntese, é pouco crível que o candidato em 2022 não seja o próprio Bolsonaro.
Portanto, não só Doria dançou. Moro também dançou. É melhor eles já irem se acostumando…
Sem comentários:
Enviar um comentário