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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
Eu avisei não tenho culpa do sangue de inocentes indígenas
A bandeira vermelha do PT era a expressão de uma cor. Vermelho é Paixão vida , amor...
Nunca houve pretensão de se trocar as cores da bandeira brasileira e muito menos pintá-la com sangue inocente.
O governo que grita aos quatro ventos que a bandeira do Brasil jamais será vermelha, a pintou hoje, com sangue de 9 indígenas, entre eles, uma criança vítima de um tiro na cabeça, devido a invasão de uma reserva de demarcação indígena.
Muitos dirão: Ah , mas não foi o Jair. Mas foi ele quem entregou as questões das terras indígenas, nas mãos de Ruralistas. A bancada da bala, já começou a fazer o genocídio de suas vítimas preferidas.
Entregar a pasta do Meio Ambiente nas mãos de Ruralistas é a mesma coisa de jogar carnes aos leões, para que eles as devorem.
Ao ver a imagem de uma criança indígena num caixão não contive as lágrimas. Imagem forte de mais para qualquer humano historiador.
Conforma-me só um pouquinho, saber que eu não serei responsável pelo sangue derramado das minorias. Deixo essa tonelada sobre as costas, de quem votou 17. Que os judas se enforquem no seu pesar.
Ao ver o Brasil retroceder ao século XV, conhecendo a História, não sobrou-me outra alternativa a não ser aquela que me faz abrir as portas do coração e deixar a luz da poesia transformar minha dor em beleza. Pois é só poetizando, que eu digo mais do que sou capaz de descrever em forma de notícia ou qualquer outra maneira de comunicar.
Quem és tu oh Deus do Jair?
OH Deus tu que me fizestes vida
Que me destes o pai sol e a mãe lua
Na natureza as divindades
De Tupã , Jaci, Guaraci
Na mulher a "deusa" nua.
Neste chão de Pindorama
A mãe terra
Onde cantava afinado o sabiá
Dessas matas verdejantes o pau-brasil
Homens brancos nos fizeram escravizar.
Quais os homens que nos ensinaram a rezar?
Qual o Deus que tem nome da maldade?
Que as portas do inferno a nós abriram
Sem polpar nem crianças inocentes
Lava pois, nossa terra o próprio sangue
Como rio em correnteza a levar gente.
Oh Jair de tantos nomes e ambições
Assassinos cruéis da liberdade
Vosso deus e essa fé eu abomino
O meu Deus não tem cor, não tem sexo
Só tem luz
O meu Deus não é poder nem dinheiro
O meu mestre tem o nome de Jesus!
Por Madalena França.
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