As contas estavam feitas no Orçamento e, por uma destas artes estatísticas que só acontecem no papel e não nas prateleiras dos mercados, a inflação ficou “um tiquinho” abaixo do previsto, ainda mais porque o IBGE não deve andar comprando tomates, como no tempo da Dilma, porque o preço está de Ana Maria Braga fazer deles colar, outra vez.
Então, por conta disso, o governo Jair Bolsonaro pegou com firmeza a batata quente que Temer evitou fazer nos dias finais do governo e cortou R$ 8 do valor de R$ 1006 previsto para o salário mínimo.
R$ 998 é o que o felizardo vai receber agora que estamos nos libertando do socialismo.
Parece bobagem, mas é só mesquinharia e crueldade.
Dois quilos a menos de feijão, uns três ou quase quatro de arroz, comprando na promoção, uns 800 gramas de músculo para a sopa das crianças, se o preço dos legumes deixar que se faça sopa.
Nada, não é?
Muito, esclarece o Valor: R$ 2,4 bilhões a menos no déficit público, para sobrar dinheiro para demonstrações de austeridade como a de ontem, dia no qual só se viu menos carros novos – antigo, só o Rolls Royce – do que nos pátios das montadoras e num aparato de segurança jamais visto nunca antes na história deste país.
Ah, sim, mas o decreto deve ter sido assinado com uma caneta Bic, como os atos de posse.
No atacado, dá para comprar dez unidades, o que é tinta que não se acaba para escrever uma história de iniquidade.
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