O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) terá de reduzir suas ambições eleitorais acerca de 2022. Se antes ele sonhava até ganhar no primeiro turno, com Lula preso, agora precisa lutar para terminar o mandato. O impeachment já é tratado como favas contadas na Globo enquanto os movimentos sociais tendem levar milhares às ruas a partir do #24JforaBolsonaro, isto é, a partir das manifestações do próximo dia 24 de julho.
Segundo a pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana, pobres, menos escolarizados, nordestinos e mulheres minam aprovação do atual mandatário. Bolsonaro perde do ex-presidente Lula por 58% a 31%, se a eleição fosse para o segundo turno. No entanto, no cenário mais crível, o petista vence no 1º turno.
O Datafolha entrevistou de forma presencial 2.074 maiores de 16 anos, em todo o país, nos dias 7 e 8 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
O levantamento atesta que 54% dos brasileiros querem abertura de processo de impeachment pela Câmara, ante 42% que rejeitam ação.
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A sondagem revelou ainda que 63% consideram que Bolsonaro é incapaz de liderar o Brasil, o maior índice desde que ele assumiu a Presidência da República em 1º de janeiro de 2019.
De acordo com o Datafolha, a maioria não acredita na fala do presidente Jair Bolsonaro. Apenas 15% botam fé nas declarações do mandatário.
Para 58% dos entrevistados, Bolsonaro é incompetente; para 62%, despreparado. É autoritário para 66%, desonesto para 52% (honesto para 40%).
A pesquisa agravou uma crise de soluços no presidente da República e causou crise de choro nos militares com boquinha no Palácio do Planalto. Até o ministro da Economia, Paulo Guedes, verdadeiro representante dos bancos no governo, foi visto choramingando nos cantos. Uma cena deprimente, diga-se de passagem.
Resumo da ópera: fim de feira no governo Bolsonaro.
Postado Por Madalena França
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