A Câmara Municipal de João Alfredo aprovou, em meio a uma sessão ordinária tensa realizada na manhã desta sexta-feira (22), dez projetos de lei oriundos do Poder Executivo, versando sobre variados temas , obtendo cada matéria oito votos favoráveis, uma vez que os quatro integrantes da bancada de oposição se retiraram do plenário, por discordarem de decisão tomada pela maioria para a não abertura da discussão do expediente.
Desde a sessão realizada na quarta-feira (20), a matéria que mais despertou interesse, especialmente da classe dos professores, foi o projeto de lei nº 5/2022, que incorpora as especializações dos profissionais da educação básica do Município ao salário base e dá outras providências. Naquela ocasião, inclusive houve uma discussão entre o vereador David Santos (PSD) e uma professora, com esta acusando o edil de tê-la agredido verbalmente e fisicamente. Ao blog, o edil David Santos afirmou que não agrediu a professora e se limitou a reagir a uma agressão verbal que partiu da mesma, sem contato físico.
Dezenas de professores efetivos, aposentados e pensionistas lotaram as galerias e calçadas da Casa Doutor Arsênio Meira Vasconcellos, muitos vestidos de preto e munidos de cartazes, contra a aprovação desta matéria, considerando-a prejudicial e que retira direitos da classe. Assim que os vereadores da oposição de retiram do plenário, em protesto pela não liberação dos debates conforme decisão da maioria, os projetos foram postos às votações, sendo aprovados por unanimidade dos edis presentes.
Após a sessão, os professores realizaram um ato contra a aprovação do projeto de lei 5/2022 em frente à sede da câmara municipal e representantes da classe afirmaram que entrarão na Justiça com a finalidade de anular a decisão tomada pela maioria dos integrantes do Poder Legislativo joãoalfredense. Também ficou decidido que a classe entrará em greve, até que os direitos sejam restituídos.
Fotos: Lucivaldo Lima
Postado por Madalena França
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