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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Coluna Radar Mata Norte (30/07) – A pobreza de quadros e o vácuo político na região



Marinaldo Rosendo Ricardo Teobaldo Tadeu Alencar e Pastor Eurico
Deputados federais Marinaldo Rosendo, Ricardo Teobaldo, Tadeu Alencar e Pastor Eurico

Há algum tempo a região da Mata Morte tem perdido espaço na sua representação política no Congresso Nacional. É notório o desaparecimento de Lideranças da estatura e do nível de compromisso que o ex-deputado federal Sérgio Guerra (in memorian) representava para a região.
Independente de posições políticas e ideológicas, Sérgio sempre foi muito presente e defensor dos interesses da mesma, sendo respeitado inclusive por aqueles que divergiam de suas posições. Ele era um sujeito que sabia tratar como ninguém da micro e da macro política, tinha um pragmatismo como poucos e a Mata Norte o teve por muito tempo como uma das suas grandes lideranças.
A ausência de um deputado federal na região que seja uma voz altiva em defesa dos seus interesses em Brasília tem sido perceptível e também motivo de descontentamento de muitas lideranças, que por conta disso, estão sendo levadas a repensar o seu apoio para as eleições do próximo ano.
Em 2014, os deputados federais que tiveram expressiva votação na região e alcançaram êxito na disputa foram Marinaldo Rosendo (PSB), Ricardo Teobaldo (Podemos), Tadeu Alencar (PSB) e Pastor Eurico (PHS). O que aconteceu com esses deputados que não vem se colocando a altura dos desafios da região?
A defesa pela manutenção da Hemobrás no município de Goiana, o fortalecimento do polo ceramista da região que hoje agoniza e onde muitos têm fechado as portas, e o início da construção do Arco Metropolitano são demandas desafiadoras e que exigem um representante à altura da região, pois de fato esses são temas que contribuem para o desenvolvimento e fortalecimento da economia local e são de total interesse da população.
Vale lembrar, que foram grandes as expectativas gerada não só pela população, mas sobretudo pelas lideranças políticas locais em torno de dos deputados federais Ricardo Teobaldo (Podemos) e Marinaldo Rosendo (PSB).
Embora no seu primeiro ano de mandato Teobaldo tenha alcançado a relatoria do Orçamento da União e conseguido destinar milhões em emendas para os municípios da sua base, com a saída da presidente Dilma do comando do país ele perdeu prestígio, tem apresentado um mandato abaixo das expectativas e foi derrotado nas eleições de 2014 em vários municípios, entre eles Limoeiro, a sua terra natal. Na região, candidaturas que contaram com o seu apoio também não tiveram sucesso nas urnas, a exemplo de Carpina, Lagoa de Itaenga e Buenos Aires.
O deputado federal Marinaldo Rosendo (PSB) por sua vez, tem apresentado um mandato pífio e é visto como a maior decepção da região. O seu declínio político refletiu inclusive na eleição de Timbaúba, seu principal reduto político. No município Marinaldo sofreu uma arrasadora derrota nas eleições do ano passado.
Comenta-se que o fracasso de Rosendo na política e na vida privada se deve ao forte investimento financeiro feito por ele na sua campanha para deputado federal em 2014, o que chegou inclusive a afetar drasticamente os seus negócios refletindo no fechamento de um deles, a distribuidora de cervejas que existia no município de Timbaúba.
Infelizmente este é o retrato do atual quadro político da região. Este empobrecimento na representação política na esfera federal tem refletido bastante no desenvolvimento da região e, por conseguinte, tem levado a classe política a níveis de desgastes nunca antes visto na história. Por esta razão a Zona da Mata Norte tem clamado por um líder que a represente à altura de seus desafios. Um alguém que apresente uma agenda de compromissos com a região que vise a sua restruturação econômica e que consiga expandir a partir do polo automotivo de Goiana o seu desenvolvimento.
Por Drailton Costa – Articulador político e colunista semanal do Blog Ponto de Vista

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