No Brasil de Temer, quem é honesto se sente um mané
Em artigo publicado no Uol, o blogueiro Leonardo Sakamoto argumenta que os brasileiros honestos se sentem humilhados ao serem governados por um personagem como Michel Temer, que se mantém no poder com 5% de aprovação e sendo formalmente acusado de corrupção.
Confira, abaixo, um trecho:
Diante disso, qual a motivação para um cidadão comum, que rala o dia inteiro e não tenta levar vantagem sobre o vizinho, quando vê que o presidente da República e sua cúpula envolvidos em tanta porcaria e nada acontecendo com eles? Vendo alguém com 5% de aprovação e denunciado formalmente por corrupção determinado o seu futuro? Ou quando constata que, apesar da punição de alguns grandes empreiteiros, ricos empresários, como donos de frigoríficos e banqueiros, tendem a continuar encarnando Marco Aurélio, na cena final de Vale Tudo, dando uma banana para o país? Nenhuma.
Nesse contexto, quem age honestamente no emprego sem ”levar o seu por fora” é considerado um mané por chefes e colegas. Os que criticam linchamentos públicos e tatuagens na testa de pessoas que teriam transgredido a lei são acusados de fazer apologia ao crime. Quem pondera e tenta o diálogo e não usa os mesmos métodos agressivos que seu adversário político ou ideológico é tido como burro. Os que reclamam do tratamento dado a pessoas que sofrem de dependência de drogas são xingados e instados a levar uma Cracolândia para suas casas. Um país que se diz fundado em valores humanísticos, vai optando por trocar o ”amar ao próximo como a si mesmo” por ”cada um por si e Deus por todos”.
Confira, abaixo, um trecho:
Diante disso, qual a motivação para um cidadão comum, que rala o dia inteiro e não tenta levar vantagem sobre o vizinho, quando vê que o presidente da República e sua cúpula envolvidos em tanta porcaria e nada acontecendo com eles? Vendo alguém com 5% de aprovação e denunciado formalmente por corrupção determinado o seu futuro? Ou quando constata que, apesar da punição de alguns grandes empreiteiros, ricos empresários, como donos de frigoríficos e banqueiros, tendem a continuar encarnando Marco Aurélio, na cena final de Vale Tudo, dando uma banana para o país? Nenhuma.
Nesse contexto, quem age honestamente no emprego sem ”levar o seu por fora” é considerado um mané por chefes e colegas. Os que criticam linchamentos públicos e tatuagens na testa de pessoas que teriam transgredido a lei são acusados de fazer apologia ao crime. Quem pondera e tenta o diálogo e não usa os mesmos métodos agressivos que seu adversário político ou ideológico é tido como burro. Os que reclamam do tratamento dado a pessoas que sofrem de dependência de drogas são xingados e instados a levar uma Cracolândia para suas casas. Um país que se diz fundado em valores humanísticos, vai optando por trocar o ”amar ao próximo como a si mesmo” por ”cada um por si e Deus por todos”.
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