Não há mais limites para o que a mídia brasileira está disposta a fazer – e a incentivar que se faça – contra Lula.
A Veja, agora, dá uma capa que parece saída das histórias das “Mil e Uma Noites”, com que Sherazade (que não era a Raquel, mas a rainha persa) entretinha o malvado rei Shariar para evitar, a cada manhã, a sua própria execução.
Agora, sai-se com uma suposta declaração de Antonio Palocci, cuja delação premiada empacou de que Lula teria recebido, na campanha de 2002 (2002!) um milhão de dólares de Muammar Kadafi, o líder líbio assassinado pelo que viria a ser, hoje, o grupo que estabeleceu no país, até, os leilões de escravos.
É dose para elefante! O teatral não parou no “pacto de sangue”, agora tem o “pacto do petróleo”.
A menos que se enxergue a oportunidade de algo mais delirante como, além de cassar Lula, cassar o registro eleitoral do Partido dos Trabalhadores, a história, tal como a edição da Veja que a traz, deve ir para a cesta de paeís inservíveis logo, logo.
As histórias da Sherazade-Palocci podem deixar encantados os sultões da Veja.
Mas todo mundo vê que são contos do vigário, de quem só se preocupa em escapar da cimitarra do sultão Moro.
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