O ex-presidente deverá ser condenado no dia 24 de janeiro pelo TRF-4 — e preso na sequência — e, consequentemente, ficará inelegível para as eleições de 2018.
O colunista Ricardo Cappelli afirmou corretamente que “as baionetas foram substituídas pelos tribunais” e questiona se Lula esperará o sacrifício em silêncio tal qual faz o cordeiro.
“Lula irá para o cárcere como exigem os Marinho?”, pergunta Cappelli.
Restou claro que Lula não conseguirá voltar pacificamente à Presidência da República pela via eleitoral, pois o consórcio jurídico-midiático fechou questão contra o desfecho da atual crise pelo voto, pela urna, democraticamente.
A proibição de Lula disputar 2018 tem relação com a aceleração do desmonte do Estado Social que Requião vem denunciando há tempos. Anteontem, a precarização da mão de obra com a reforma trabalhista. Ontem, a MP 795, que isenta petrolíferas estrangeiras cujos benefícios chegarão a R$ 1 trilhão. Amanhã inicia oficialmente a discussão sobre a reforma da previdência — que é o fim da aposentadoria para os trabalhadores.
Requião assegurou nesta terça-feira (12) que somente um levante popular é capaz de impedir a reforma da previdência, a entrega do petróleo a estrangeiros e a corrupção no governo Michel Temer.
“Em janeiro vão ‘julgar’ se Lula é proprietário de triplex. Por convicção, por intenção ou com provas precárias, decidirão. Mas hoje governo rejeitado pelo povo entrega o petróleo, produto de décadas de luta nacionalista, diante do silêncio de todos eles”, disse o parlamentar ao renovar a proposta de referendo revogatório para essas medidas antipovo.
Ou seja, não há como dissociar o golpe do Estado do desmonte do Estado Social. É um erro achar que são movimentos autônomos.
Portanto, a questão é: Lula e o PT estariam dispostos a liderar o levante popular a partir de 24 de janeiro, como propõe Requião, ou ficará apenas como expectadores da História?
A conferir.
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