Amanhã à noite se completa uma semana da decisão de intervir na segurança pública no Rio de Janeiro.
A ausência, até agora, de qualquer medida ou decisão concreta sobre a reorganização da máquina policial do Estado foi anunciada.
Uma ou outra ação de “presença” – se preferir chame de mídia – e mais nada.
Bastaria para mostrar o grau de improviso da politicagem da decisão.
O general Braga Netto, o interventor está preparando seu “pacote”, mas é justamente isso o que menos atenção tem nesta operação: criou-se foi a expectativa de uma “blitzkrieg” militar nas ruas da cidade.
Que, por todas as razões e, mais ainda, pela perda da surpresa, terá mínima eficácia, exceto a propagandística – aliás, a propaganda oficial entrou em marcha hoje, nos jornais, sem medir custos.
O “reequipamento da polícia”, que virou tem dos jornais de hoje é, claro, necessário, mas não é resposta na velocidade que se fez ansiar.
Se e quando houver o dinheiro – e não há – é processo que não leva menos de cinco meses para virar “viatura”.
A menos que sirvam para uma carreata de boca-de-urna para Michel Temer, não se encaixam no cronograma.
Tudo isso, certamente, não escapa ao interventor, que sabe que não pode dar espaços para que venham as pressões por “mais ação”.
Ainda que ele, nestes dias, seja a maior vítima da improvisação.
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