O governador do Paraná Beto Richa (PSDB) tem motivos de sobra para perder o sono: três homens de sua confiança estão sendo investigados pela Polícia Federal no âmbito da Operação Quadro Negro. São eles: Deonilson Roldo (secretário de Comunicação e Chefia de Gabinete), Ezequias Moreira (secretário Especial do Cerimonial) e Ricardo Rached (assessor da Governadoria).
À imprensa, o governador do PSDB disse que manterá os assessores e secretários investigados pela PF. “Claro que vou manter [nos cargos]. É uma acusação completamente descabida, daqueles que estão desesperados que querem terceirizar os seus problemas com a Justiça”, declarou Richa para então perguntar: “E tem algum problema depor na Polícia Federal?”
A PF começou a ouvir nesta quinta-feira (1º) dezoito suspeitos de integrar o esquema que desviou R$ 20 milhões simulando a construção de escolas no estado, segundo o Ministério Público. Os 14 primeiros depoimentos foram tomados por delegados que integram a força-tarefa lava jato, haja vista que as perguntas vieram por “carta precatória” do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dos três homens de confianças do governador tucano, hoje apenas Ezequias Moreira depôs na PF. Os 13 demais ouvidos são funcionários de assessores de parlamentares e da Secretaria de Estado da Educação (SEED).
Em delação premiada homologada pelo ministro do STF Luiz Fux, o dono da empreiteira Valor, Eduardo Lopes, declinou os nomes do chefe da Casa Civil, deputado federal Valdir Rossoni (PSDB) e dos deputados Ademar Traiano (PSDB) e Plauto Miró (DEM) como operadores políticos do esquema.
Ainda de acordo com o empreiteiro Eduardo Lopes, o governador Beto Richa dava o “ok” para os desfalques na educação. O dinheiro foi desviado para a campanha do tucano, sustenta o delator.
O Blog do Esmael registrou em primeira mão, no início de junho de 2015, o escândalo e a consequente queda da cúpula da Educação do Paraná na época.
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