17 de janeiro de 2019
A decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender as investigações sobre movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor e amigo do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), foi criticada nas redes sociais por parlamentares do PT, do PSOL e até do Movimento Brasil Livre (MBL)
Presidente nacional do PT, a senadora e deputada federal eleita Gleisi Hoffmann (PR) mostrou indignação com a decisão anunciada no começo da tarde desta quinta-feira, 17. “Muito grave a notícia de que o Supremo suspendeu a investigação sobre o caso. Os pesos e medidas são muito diferentes. Para Lula, basta convicção, para os Bolsonaros nem documento público é considerado”, afirmou a petista.
Kim Kataguiri, uma dos principais líderes do MBL, escreveu que o pedido “cheira muito mal”. “Entrar com pedido para ser investigado em foro especial é, no mínimo, suspeito”, afirmou o deputado federal eleito do DEM-SP.
O senador Humberto Costa (PT-PE) questionou se a situação vai terminar sem resolução. “Até hoje, MP sequer conseguiu ouvi-los. Vai acabar tudo em pizza?”, escreveu em seu Twitter.
O ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) ironizou a declaração do deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) feita ano passado de que, para fechar o Supremo Tribunal Federal, bastaria um soldado e um cabo. “STF acaba de suspender a investigação de Queiroz a pedido de Flávio Bolsonaro. O cabo e o soldado já entraram no STF”, disse.
As movimentações financeiras e repasses de recursos de Queiroz foram descobertas pelo Coaf – Conselho de Controle de Atividades Financeiras.
O amigo da família Bolsonaro vem evitando há mais de um mês prestar esclarecimentos ao Ministério Público do Rio de Janeiro, sempre alegando problemas de saúde.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Madalena França via Esmael
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