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sábado, 18 de maio de 2019

Feridos, armados e extremamente perigosos



As falanges virtuais do bolsonarismo estão em pé de guerra.
Excitadas pelo chefe, disparam, aos milhares, nas redes sociais o comando “vamos invadir
 Brasília”, referindo-se as manifestações que chamam para o dia 26, das quais até os
“coxinhas convencionais” estão fugindo.
Não há, até o momento, sinais de que isso vá ser expressivo, mas a máquina está
funcionando e seus chefes a encaram como uma luta de vida ou morte.
É gente perigosa, metida em um processo perigoso, para um país que não pode se acostuma
r com golpe sobre golpe como sendo a rotina da política.
O “bolsonarismo-raiz”, como não enxerga o exercício da política (e menos ainda o do
poder) como atos de convivência, mas como de imposição intolerante, vai urrar e radicaliza
r.
A isso, não se deve responder na mesma moeda, que é aquilo a que nos convidam. Aliás,
 o
 próprio presidente faz o convite, ao chamar os manifestantes de “idiotas” e dizer que nos
atos só viu faixas de “Lula Livre”.
Não há, a não ser que adotemos a mesma tática que os golpistas usaram conosco, razões
materiais para pedir “impeachment” do Presidente, afinal eleito. Sobre isso, recomendo a
 leitura do artigo de Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo.
Se faz parte da estratégia dele uma eventual renúncia, a nossa deve ser a de “trancarmos o
 pé” no respeito à Constituição.
É urgente exigir que as Forças Armadas não sejam arrrastadas pela putrefação do mandato
de Jair Bolsonaro. Ou melhor, que saiam do pântano em que se meteram ao patrocinar esta
aventura e que não se metam em utra, de achar que um governo que lhes caia no colo terá
 legitimidade se não se proclamar provisório, conciliador e promotor da volta do país à
 normalidade.
Igual devemos nos comportar no Congresso, mantendo distância das evidentes
 conspirações de poder que estão se desenrolando à vista de todos.
Os temas centrais de nossas preocupações devem ser a preservação dos direitos sociais, dos
 direitos do trabalho, da Educação e da Saúde, a normalização da vida nacional e o fim da
judicialização da política.
Nunca esqueçamos que foi isso o que nos conduziu ao atual estado de desgoverno e
 aniquilação do país.
Sobretudo, o que começou a ocorrer na quarta-feira: a inclusão do povo, outra vez, na
disputa política.
Eles querem a guerra, que suprime direitos; nós desejamos a paz, e isso exige direitos.
(Tijolaço)
Madalena França
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