O presidente dos EUA, Donald Trump, foi banido do Facebook e do Instagram por tempo indeterminado nesta quinta -feira (07/01) porque, segundo o Facebook, "os riscos de permitir que o presidente use a plataforma neste momento são simplesmente grandes demais".
A plataforma disse que a suspensão vai durar "no mínimo" duas semanas, até que a transição de poder seja completada.
Trump já havia sido suspenso temporariamente da plataforma na noite de ontem após o Congresso dos EUA ter sido invadido por militantes que queriam impedir a ratificação da vitória de Joe Biden nas eleições.
Pouco antes da invasão a multidão havia sido inflamada por Trump, que fez alegações infundadas de fraude nas eleições. A invasão gerou caos, violência, levou à morte de quatro pessoas e fez com que os congressistas tivessem que ser evacuados emergencialmente.
Em resposta, o Twitter apagou postagens e suspendeu a conta do presidente por 12h, dizendo que futuras violações poderiam resultar em suspensão permanente.
O Facebook suspendeu a conta do presidente temporariamente na noite de ontem e nesta quinta afirmou que vai manter a suspensão por tempo indeterminado.
"Nos últimos anos, permitimos que o presidente Trump usasse nossa plataforma de forma consistente com as nossas regras, às vezes removendo conteúdos e marcando seus posts quando eles violavam nossas políticas. Fizemos isso porque acreditamos que o público tem o direito a (ter acesso ao) espectro mais amplo de discurso político possível, mesmo quando esse discurso é controverso", escreveu o criador do Facebook, Mark Zuckerberg.
"Mas o contexto atual é fundamentalmente diferente, envolve o uso de nossa plataforma para incitar insurreição contra um governo democraticamente eleito", afirmou.
"Acreditamos que os riscos de permitir que os presidente continuar usando nossa plataforma durante este período é simplesmente grande demais. Portanto estamos ampliando o bloqueio que fizemos em suas contas no Facebook e no Instagram por tempo indeterminado, e por pelo menos duas semanas, até que a transição pacífica de poder esteja concluída", afirmou a plataforma.
BBC
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