Enquanto Paulo Guedes diz que a economia brasileira está “bombando” e que estamos “condenados a crescer”, os números do mercado financeiro para 2022 não cessam de piorar.
A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto, que até o meio do ano ronda os 3%, baixou para 0,5% e nada indica que não vá continuar caindo enquanto, ao revés, sobem as expectativas de inflação para o ano que já-já começa. O Boletim Focus já a estimou em 5,02%, pela primeira vez acima da banda superior da meta estabelecida pelo BC, explodida este ano.
Mas não são visões premonitórias, não. Apoiam-se em dados concretos, que não param de brotar.
Hoje, é o novo aumento das taxas de juros, provavelmente para 9,25% ao ano e já estimada em perto de 12% no ano que entra. Mas isso no mundo ideal ou na hora de estabelecer os juros que serão pagos aos investidores, porque aos consumidores, como mostra a reportagem de hoje de O Globo é um endividamento crescente do consumidor nas estratosféricas taxas do crédito rotativo do cartão, entre 300 e 400% ao ano, coisa que não fica atrás de qualquer agiotagem miliciana.
Isso, a inadimplência, quer dizer menos consumo e menos crédito e, logo, menos produção.
A redução do preço dos combustíveis, festivamente anunciada por Jair Bolsonaro subiu no telhado, por enquanto: não só a companhia divulgou hoje um comunicado de que não tem nenhuma decisão tomada como dólar (agora a R$ 5,68) e petróleo (com alta de 3,27%, em razão de algum otimismo com a “variante ômicron) não colaboram para isso.
Postado por Madalena França
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