Os diretórios nacionais do PT e do PCdoB confirmaram, em reuniões separadas, hoje, a aprovação de uma federação entre as duas legendas e o PV. O processo ainda terá de ser validado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por esse modelo, os partidos selam uma união por pelo menos quatro anos, e passam a funcionar como uma única legenda no Congresso, dividindo fundo partidário, tempo de televisão e unificando o conteúdo programático.

Nesta quarta, também foi aprovado o estatuto da federação. O documento define as diretrizes, deveres e direitos da união entre os partidos e também o espaço interno de cada legenda.

O estatuto, que ainda vai ser submetido à aprovação do PV nesta quarta, determina que a ação conjunta deve "combater, prevenir e reprimir todo tipo de violência política, especialmente a violência política contra a mulher, pessoas negras, indígenas e outros grupos discriminados ou marginalizados". As negociações em torno da união entre o PT, PCdoB e o PV acontecem desde o ano passado.

Em março, o diretório petista já havia avalizado a aliança, mas membros de correntes contrárias à inclusão do PV apresentaram recurso à decisão. Em minoria, o grupo foi vencido mais uma vez durante o encontro desta quarta.

A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, anunciou o resultado em uma rede social. “Um fato pelo qual temos lutado há mais de duas décadas e que irá contribuir com a democracia e a unidade programática do sistema partidário no Brasil”, escreveu.

“Sabemos a importância desta federação para a principal luta que temos pela frente. A eleição de 2022 é a mais importante batalha eleitoral dos últimos 30 anos, e a consolidação desta frente popular nos abre perspectivas de virada política e de retomada do desenvolvimento nacional”, declarou.