Lula em alta no mercado
DO CORREIO BRAZILIENSE
Apesar de toda a desenvoltura que tem procurado mostrar como candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff voltou a conviver com um fantasma: a possibilidade de seu criador, o ex-presidente Lula, retirá-la de campo e assumir a disputa pelo Palácio do Planalto neste ano. Diante da onda de pessimismo que se espalha pelo país e do distanciamento cada vez maior entre o governo e empresários e investidores, dentro do PT, no mercado financeiro e no entorno da própria Dilma voltou-se a cogitar a hipótese de ela não concorrer a mais quatro anos de mandato, para não pôr em risco o projeto de poder dos petistas.
Lula, no entanto, resiste. Em viagem nesta semana a Nova York, ele foi instado a assumir a candidatura do PT por grandes investidores, que andam receosos com os rumos da economia brasileira. Para eles, desde que Dilma tomou posse, houve uma decepção generalizada com o governo, sobretudo depois de o Planalto endossar o projeto da “nova matriz econômica” criado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em vez de a nova matriz incrementar a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), como desejava a presidente, o crescimento encolheu e está na menor média em 20 anos – apenas 1,8% anual. Mesmo com o ritmo fraco do PIB, a inflação se mantém próxima do teto da meta, de 6,5%, e o rombo das contas externas é o maior da história. São esses indicadores, por sinal, que levaram o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, a classificar o Brasil como o segundo país mais vulnerável entre os emergentes neste momento, atrás apenas da Turquia.Contas públicas
Empresários e banqueiros que tentam seduzir Lula a voltar ao poder reconhecem que Dilma herdou muita coisa ruim do antecessor, principalmente no que se refere às contas públicas. Para reduzir os impactos da crise de 2008, o então presidente abriu os cofres para reanimar a economia. A gastança, porém, se intensificou em 2010, quando o Planalto agiu com todas as forças para eleger a atual presidente.
Empresários e banqueiros que têm liderado o movimento “volta Lula”, no qual se inclui o presidente da Cosan, Rubens Ometto, estão cientes de que não haveria uma mudança radical na política econômica num eventual governo lulista. Mas reconhecem que teriam de volta um bem preciosos para eles: o diálogo com o Planalto.
Lula acredita que ainda há tempo para restabelecer a ponte entre Dilma e empresários e investidores. Primeiro, porque ninguém no governo acredita na explosão de uma crise a curto prazo, que possa abalar as chances de reeleição da presidente.
O discurso de Lula não impede, porém, que ele ouça de um empresário próximo o risco de insistir no atual projeto de governo. Em meio a um restrito grupo, esse industrial disparou para o ex-presidente: “Seu maior erro até hoje foi eleger Dilma. Mas será um erro ainda maior reelegê-la”. (Do Correio Braziliense)
Apesar de toda a desenvoltura que tem procurado mostrar como candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff voltou a conviver com um fantasma: a possibilidade de seu criador, o ex-presidente Lula, retirá-la de campo e assumir a disputa pelo Palácio do Planalto neste ano. Diante da onda de pessimismo que se espalha pelo país e do distanciamento cada vez maior entre o governo e empresários e investidores, dentro do PT, no mercado financeiro e no entorno da própria Dilma voltou-se a cogitar a hipótese de ela não concorrer a mais quatro anos de mandato, para não pôr em risco o projeto de poder dos petistas.
Lula, no entanto, resiste. Em viagem nesta semana a Nova York, ele foi instado a assumir a candidatura do PT por grandes investidores, que andam receosos com os rumos da economia brasileira. Para eles, desde que Dilma tomou posse, houve uma decepção generalizada com o governo, sobretudo depois de o Planalto endossar o projeto da “nova matriz econômica” criado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em vez de a nova matriz incrementar a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), como desejava a presidente, o crescimento encolheu e está na menor média em 20 anos – apenas 1,8% anual. Mesmo com o ritmo fraco do PIB, a inflação se mantém próxima do teto da meta, de 6,5%, e o rombo das contas externas é o maior da história. São esses indicadores, por sinal, que levaram o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, a classificar o Brasil como o segundo país mais vulnerável entre os emergentes neste momento, atrás apenas da Turquia.Contas públicas
Empresários e banqueiros que tentam seduzir Lula a voltar ao poder reconhecem que Dilma herdou muita coisa ruim do antecessor, principalmente no que se refere às contas públicas. Para reduzir os impactos da crise de 2008, o então presidente abriu os cofres para reanimar a economia. A gastança, porém, se intensificou em 2010, quando o Planalto agiu com todas as forças para eleger a atual presidente.
Empresários e banqueiros que têm liderado o movimento “volta Lula”, no qual se inclui o presidente da Cosan, Rubens Ometto, estão cientes de que não haveria uma mudança radical na política econômica num eventual governo lulista. Mas reconhecem que teriam de volta um bem preciosos para eles: o diálogo com o Planalto.
Lula acredita que ainda há tempo para restabelecer a ponte entre Dilma e empresários e investidores. Primeiro, porque ninguém no governo acredita na explosão de uma crise a curto prazo, que possa abalar as chances de reeleição da presidente.
O discurso de Lula não impede, porém, que ele ouça de um empresário próximo o risco de insistir no atual projeto de governo. Em meio a um restrito grupo, esse industrial disparou para o ex-presidente: “Seu maior erro até hoje foi eleger Dilma. Mas será um erro ainda maior reelegê-la”. (Do Correio Braziliense)
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