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sábado, 18 de julho de 2015

Uma reforma que não reformou nada

O Senado não aceitou mandato de cinco anos para os seus membros, levando a Câmara a voltar atrás no que havia aprovado antes
Definir como “samba-do-crioulo doido” a reforma política que a Câmara e o Senado estão fazendo chega a ser uma expressão suave, tamanha a superficialidade e incoerência do que foi aprovado até agora. A mudança de maior profundidade foi a aprovação no último mês de maio do fim da reeleição para ocupantes de cargos executivos (prefeito, governador e presidente da República). Em seguida, quando deliberou sobre o tamanho dos mandatos, a Câmara fez uma lambança hilariante. Todos teriam mandato de cinco anos, porém a coincidência só passaria a valer a partir de 2027. Até lá, pois, o país iria conviver com três tipos de senadores. Uns com mandato de cinco anos, outros de oito e outros de nove. O Senado não aceitou mandato de cinco anos, fazendo com a que a Câmara desaprovasse o que havia aprovado antes. O mandato voltou a ser de quatro anos para todos, donde se conclui que, por coerência, a reeleição deveria ficar.

Inaldo Sampaio

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