Matéria publicada pela Folha de São Paulo, no último dia 05 de julho revela que o advogado da construtora OAS, Bruno Menezes Brasil, diretor jurídico da OAS, está entre os executivos da empreiteira baiana que celebra acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República, para entregar membros do Poder Judiciário que teriam recebido propina para favorecer a empreiteira em ações de seu interesse.
O acordo assinado por Bruno Brasil será semelhante ao celebrado pelo diretor jurídico da J&F, Francisco de Assis e Silva, que também integrou a lista de delatores da empresa, chegando a delatar o procurador da República Angelo Goulart, preso na operação "Patmos" por vazar informações sigilosas para a J&F em troca do pagamento de propina. O procurador Angelo teria sido beneficiado com uma "mesada" de R$ 50 mil para vazar as informações sigilosas para a organização criminosa que acabou por delatá-lo.
Ministros do STJ Benedito Gonçalves e Humberto Martins estariam entre os delatados pelo advogado da OAS |
Segundo a matéria da Folha (leia AQUI), assinada pelos repórteres Bela Megale e Walter Nunes, um dos episódios que o diretor jurídico teve que esclarecer em sua delação foi a troca de mensagens entre ele e o então presidente da OAS, Léo Pinheiro, sobre a contratação do advogado pernambucano Marcos Meira, filho do ex-ministro do STJ Castro Meira, que deixou a corte em 2013, onde o pernambucano seria indicado como contato para influenciar decisões favoráveis à empreiteira junto a ministros do Tribunal. Marcos Meira nega a influência. Além da contratação do advogado pernambucano, que é sócio do ministro das Cidades Bruno Aráujo num escritório de advocacia, Bruno Brasil também teria delatado os ministros do STJ Humberto Martins e Benedito Gonçalves, revela, ainda a reportagem da Folha.
Fonte : Blog da Noelia Brito.
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