Tirem Lula, senhores, e terão Bolsonaro. Por Fernando Brito
Lula, depois da condenação de Sérgio Moro, cresceu de maneira significativa – e a metodologia de pesquisa por telefone adotada na pesquisa autoriza a dizer que, pelo seu perfil eleitoral, o número é maior – e atinge um terço do eleitorado brasileiro.
Retira-lo, portanto, da disputa eleitoral por uma manobra judicial significa colocar a eleição num quadro de ilegitimidade que, quando se considera o número de nulos e brancos, atinge mais da metade da população.
Mas é ainda pior.
Significa, também, que Jair Bolsonaro passa a ser um risco real, pois não há nenhuma dúvida de que ele passa a ter a condição de ser mais do que o candidato da direita que saiu do armário para ser o candidato mais representativo da insatisfação com a situação do país.
Doria, como você pode ver no quadro ao lado, não mostra nenhum sinal de crescimento e continua preso no “mundo azul” das elites, as únicas que se empolgam com ele, talvez por reconhecerem na sua mediocridade a identidade perfeita com seu nível de inteligência.
Marina, que sobrevive em outras pesquisas sabe-se lá como, mostra que agora é figurante do fundo do palco e, numa hipótese de segundo turno entre Lula e Bolsonaro (ou mesmo Dória) terá um papel ainda mais constrangedor a fazer se quiser sustentar sua empáfia.
Ciro, renitente em torno de seus 5% segue como alternativa de soma.
É bom lembrar que, numa eleição onde brancos e nulos podem facilmente chegar a 20%, 40% dos votos decidem em primeiro turno.
É triste registrar a veracidade da frase que se ouviu de Lula, no lançamento do livro de juristas, sexta-feirta, no Rio: “tudo o que essa gente conseguiu foi parir Bolsonaro
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