Era esperado, mas não tanto, tão depressa
A pesquisa Ibope divulgada há pouco registrou um declínio intenso da aprovação de Jair Bolsonaro como presidente, recebendo classificação “ótimo ou bom” de 34% e “ruim/péssimo” de 24%, com apenas dois meses e meio de governo.
Tal como aconteceu na pesquisa XP dada a conhecer ontem, o ex-capitão perde para todos os seus antecessores, exceto para o segundo mandato de Fernando Henrique e de Dilma Rousseff.
O mais grave, porém, é a velocidade com que isso acontece: sair de 49% de “ótimo e bom” para 34% significa perder, aproximadamente, um em cada três apoiadores.
Já a rejeição – “ruim ou péssimo” – mais que dobra, saindo de 11% para 24%.
A levantamento confirma o que esra possível sentir: o bolsonarismo vai refluindo para suas falanges originais, em função da incapacidade do chefe de Estado em falar para ninguém mais além do seu grupo de fanáticos.
Tanto é assim que a confiança dos entrevistados no presidente caiu de 62% para 49%, entre janeiro e março, enquanto a desconfiança subiu de 30% para 44%.
A queda foi ainda mais forte nos estratos mais pobres da população, nos grandes centros urbanos – nas capitais, a desconfiança passa de 33% na primeira pesquisa para 52%, agora – e no Nordeste, onde sobre de 35% em janeiro para 53% no levantamento feito entre os dias 16 e 19 deste mês, com 2.002 entrevistados em todo o país.
O relatório da pesquisa está aqui.
Madalena França Via Tijolaço
Sem comentários:
Enviar um comentário