A história de que o Governo Bolsonaro pretende “comprar” com R$ 40 milhões (R$ 10 milhões por ano) cada voto de deputado em favor da reforma previdenciária tem a cara do governo Bolsonaro em matéria de articulação política: não vai fazer base parlamentar alguma.
Primeiro, porque a ideia de o deputado “pague” com o voto antecipadamente para só receber ao final de cada ano lembra aquela brincadeira do “a longo prazo todos estaremos todos mortos”. Compromisso de quatro anos pré-pago?
Depois da votação na Comissão de Constituição e Justiça o ‘Centrão” sabe perfeitamente do seu tamanho e que nem votações ordinárias, sem quorum qualificados, pode ser feitas sem acordo com suas bancadas. Nem mesmo com a parcela rodrigomaísta do grupo.
Não tem porque topar um acordo “no atacado” e a prazo, quando pode conseguir mais no varejo e à vista.
O problema é que a dupla Bolsonaro-Ônyx não tem nem credibilidade, nem estabilidade para negociar. Ainda não chegou a hora de apresentar-lhes a conta, pesada, pelo risco de vê-la rebarbada pelos fregueses.
As nomeações, poucas, mal começaram a sair e só para os “bacanas”.
As cúpulas partidárias do Centrão vão escolher com muito cuidado os seus representantes na Comissão Especial da Reforma. Quem se suspeitar possa fazer “acordo particular” fica de fora.
A base do governo? A base do governo, por enquanto, são os oito direitistas do partido Novo. O resto está ocupado em bater cabeça.
(Tijolaço)
Madalena França
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