POR FERNANDO BRITO · 26/04/2019
Perdoe, Lula, pela comparação.
Mas dois dias depois de ouvir um presidente que é incapaz até de ler um texto, que vai pingando as palavras como um bode despeja o que comeu, ouvir a carga de emoção, de dignidade, de simplicidade, em sua fala na primeira entrevista depois de 13 meses de silêncio compulsório é, ao mesmo tempo, uma tristeza profunda, ainda que com esperança de que não sejamos, por anos a fio, o país da mediocridade estúpida.
Sabe, sua fala tem a natureza do que os gaúchos chamam de tronco “guarda-fogo”, que depois de uma madrugada de frio e de garoa, tem a brasa imortal dentro de si e vai acabar por nos aquecer na manhã mais fria e nevoenta.
Se alguém ainda não entendia porque é tão importante para esta gente manter Lula preso e calado, entenderá agora.
Do Tijolaço ,Por Madalena França.
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