No final do post, os dois vídeos, para que você mesmo julgue o que digo.
O Jair Bolsonaro irritado e grosseiro que falou à imprensa ao desembarcar no Japão para a reunião do G-20 tem um tom ainda mais estranho do que aquele que o atual presidente costuma ostentar.
Não é possível que imagine que não haverá cobranças duras no exterir sobre a questão ambiental no Brasil, depois de ter produzido N + 1 motivos para isso: dizer que vai acabar com a fiscalização, privatizar áereas de proteção ambiental, apoiar o projeto do próprio filho para extinguir as reservas legais, liberar agrotóxicos a rodo e anunciar que não demarca mais nem um palmo de terra indígena.
Na Europa, não importa o quanto já se tenha devastado lá no passado, políticos – mesmo de direita, como Ângela Merkel, não só têm preocupação com isso como se verão numa posição difícil se não manifestarem esta preocupação.
Mas Bolsonaro e sua equipe não conseguiram perceber é que, na mesma entrevista, Merkel havia negado que, em razão disso, fosse se opor ou retardar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, no qual está (ou deveria estar) centrado o foco dos interesses brasileiros na reunião dos países mais desenvolvidos.
As falas e os gestos abruptos de Bolsonaro, porém, denotam mais que isso ou o cansaço da longa viagem. Mostram um Bolsonaro ainda mais agressivo e impaciente e esta é a feição que exibirá à imprensa mundial, agravando a percepção de que há um semiditadorinstalado na Presidência brasileira.
O isolamento externo e interno de Bolsonaro parece estar produzindo efeitos psicológicos que deram fim à epoca dos risinhos e gracinhas primárias que distribuía.
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