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segunda-feira, 20 de julho de 2020

Brasil fecha acordo com Oxford para testar vacina


(MAGNO MARTINS)
Postado por Madalena França
Um dos maiores epicentros da pandemia da Covid-19 no mundo, o Brasil se tornou também um mercado disputado por farmacêuticas dispostas a testar vacinas contra o novo coronavírus.
Neste sábado, o governo federal anunciou um acordo com a Universidade de Oxford, na Inglaterra, e a farmacêutica AstraZeneca, para testar, por aqui, um tratamento dito por especialistas como a maior esperança de um fim para a crise sanitária.
Pelos termos do acordo entre o Ministério da Saúde e os parceiros internacionais serão produzidos inicialmente 30 milhões de doses da vacina no Brasil. O parceiro local será a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que deve ficar com a tecnologia caso a vacina seja considerada segura e eficaz contra o vírus.
O acordo prevê duas etapas. Na primeira, pesquisadores brasileiros devem ajudar seus pares internacionais a desenvolver parte da pesquisa científica. O custo desta primeira fase é de US$ 127 milhões, dos quais US$ 30 milhões arcados pela Fiocruz. O primeiro lote deve estar à disposição do governo brasileiro a partir de dezembro deste ano. Se tudo correr bem, a expectativa é que outras 70 milhões de doses sejam fabricadas na segunda fase do acordo.
O anúncio do governo federal acontece duas semanas após iniciativa semelhante firmada pelo governo paulista com a farmacêutica chinesa Sinovac para produção no Brasil de vacinas contra a Covid-19. Na iniciativa, divulgada em 11 de junho, o laboratório paulista Butantan vai testar uma tecnologia contra o novo coronavírus em 9 mil voluntários. O Estado de São Paulo vai investir R$ 85 milhões. A tratativa também prevê a transferência da tecnologia ao Brasil ao fim da parceria.
Por trás do interesse das farmacêuticas internacionais com o Brasil está o fato de o país oferecer um item essencial na elaboração de toda vacina: pessoas em situação de alto risco de contágio pela doença. Só atrás dos Estados Unidos em casos confirmados e mortes pela Covid-19, o Brasil tornou-se um campo fértil para testes de tratamentos contra a doença. É um prêmio de consolação por não ter conseguido controlar o avanço da pandemia desde o início.

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