Primeiramente, muito tem se escutado sobre a falta apoio para realização das aulas remotas no município de Orobó. Os pais reclamam da falta de estrutura e condições financeiras para garantir o acesso de seus filhos aos ambientes digitais sem nenhum apoio municipal, mesmo depois do projetoque trata sobre esse assunto ser aprovado pela Câmara desse município. Além disso, relatam também sobre não se sentirem apoiados pelos mesmos profissionais que estavam nas salas de aulas oferecendo apoio as crianças, muitas vezes essas aulas estão sendo realizadas por meio da gestão de cada Escola.
Nessa mesma perspectiva, vários profissionais da educação aprovados no último concurso também reafirmam esse fato através de uma carta pública encaminhada ao Vereador Thomás Brito, onde, não tendo sucesso com o apelo a autoridade municipal para ter seus direitos, já adquiridos, colocados em práticas, pede sua ajuda para apoio na Câmara Municipal. Ainda, falam de forma crítica da situação da educação municipal e da propaganda da “Educação Perfeita” disseminada pela atual gestão. Segue trecho da carta:
“...Em conversas informais com seus apoiadores, obtivemos a informação de que ele iria esperar a Pandemia acabar. Então perguntamos: e o senhor sabe quando isso acabará? Não há vacina, não expectativas positivas para retorno de aulas presenciais normalmente. Além disso, quem está responsável pelas dezenas de turmas de educação infantil, anos iniciais e finais? Os contratos? Os diretores? Quem vai aparecer no Censo escolar como responsável por essas turmas?
Essas e outras perguntas requerem respostas urgentes, pois não se pode brincar de fazer educação de qualidade, como é propagado aos quatro ventos, negligenciando o acesso à profissionais qualificados para exercer a função de docente. De fato, o que temos até o momento são seis meses de muita enrolação, multisseriando turmas, ato esse muito danoso à aprendizagem das crianças especialmente quando são de etapas diferentes, e contratando profissionais de áreas distintas de atuação com pouca ou nenhuma experiência em sala de aula..”
Outro ponto destacado pela população foi a falta da merenda, pois está passou 3 meses sem aparecer para as famílias. Depois desses 90 dias foi que a gestão por motivos “desconhecidos” resolveu voltar com a distribuição. O blog “com deus e a verdade” divulgou uma nota emitida pelo Ministério da Educação sobre possíveis irregularidades na forma pela qual o município estava recebendo dinheiro para a merenda dos estudantes. Segundo o blog em questão, a prefeitura estava com todos os alunos registrado em tempo integral, como se todas as escolas do município tivessem 2 turnos, dessa forma, os recursos para alimentação estariam sendo recebidos com um valor bem maior do que o que deveria. O que estavam fazendo com o tal dinheiro é o que pretendemos descobrir nos próximos dias.
“Diante de tantos problemas, parece que a gestão esqueceu que aqui tem gente que sente e vive, pessoas para quais calçamentos e tijolos são meios e não fins, gente que sabe que se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda, como já disse Paulo Freire.”
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