Devotos formam fila para depositar presentes na colônia dos pescadores.
Festa acontece desde de 1923 e é uma das mais tradicionais da cidade.
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A festa de Iemanjá, tradição de todo 2 de fevereiro no bairro Rio Vermelho, em Salvador, reúne milhares de devotos desde a madrugada desde domingo. Por volta das 4h30, eles assistiram à alvorada de fogos que marca o início da festa. Cerca de 700 mil pessoas são esperadas para prestigiar a orixá considerada "rainha do mar" na tradição do candomblé.
"Já venho há muitos anos, agradeço por ter vencido um ano com saúde e peço para que este venha também com muita saúde", conta Meiry Rodrigues, uma das centenas de pessoas que encaram longa fila que atravessa quase todo o bairro no início da manhã. As rosas, de várias cores, são seguradas por quase todos os fiés.
Marli da Silva, 65 anos, é carioca e mora emSalvador há mais de três décadas. Em todo esse tempo, ela nunca perdeu uma festa para Iemanjá.
"Entrego meus presentes desde que cheguei aqui. Hoje é o meu aniversário, mas trouxe para ela alfazema, sabonete e rosa", afirma ela, que pretende pedir saúde nas preces à orixá, já que vai fazer uma cirurgia no pé para retirar um tumor ainda este ano.
A garota Sofia Viana, de 10 anos, acompanha a mãe. "Venho pela fé e trago a minha filha desde a barriga. Nós agradecemos e pedimos também", conta Cintia Viana, a mãe.
Os devotos costumam deixar os presentes na colônia dos pescadores, para depois serem entregues em alto-mar. Mas há outras duas opções: lançá-los diretamente ao mar ou pegar um barco dos próprios pescadores e depositar as oferendas um pouco distante da praia. O pescador Ivan Queiroz, que há 12 anos participa da festa, afirma que não cobra nada para levar o devoto com seu presente de barco, mas aceita qualquer valor simbólico pelo apoio.
História
Conhecida como uma das mais populares festas de celebração pública do candomblé, o festejo acontece desde 1923, quando houve diminuição na oferta de peixes da Vila dos Pescadores do Rio Vermelho. A tradição conta que eles pediram ajuda ao orixá, conhecida como a Rainha do Mar, e seguiram para ofertar presentes para Iemanjá. A oferta foi feita no meio do mar e, desde então, a festa é realizada todos os anos no dia dois de fevereiro.
Conhecida como uma das mais populares festas de celebração pública do candomblé, o festejo acontece desde 1923, quando houve diminuição na oferta de peixes da Vila dos Pescadores do Rio Vermelho. A tradição conta que eles pediram ajuda ao orixá, conhecida como a Rainha do Mar, e seguiram para ofertar presentes para Iemanjá. A oferta foi feita no meio do mar e, desde então, a festa é realizada todos os anos no dia dois de fevereiro.
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