Merval Pereira e outros colunistas políticos que não escondem suas preferências direitistas falam muito mas esperanças alckimistas de ocupar o lugar de Jair Bolsonaro como voto antipetista, tendo a seu favor o impedimento do ex-capitão, hospitalizado, de se manter à frente do voto conservador.
Creio que as pesquisas confirmarão que não existe, neste momento, qualquer sinal de que isso vá acontecer.
Mas podem, curiosamente, indicar a tendência a outra antecipação de voto “de segundo turno” já na primeira rodada eleitoral.
Como escreveu ontem José Roberto de Toledo, jornalista especializado em análise de pesquisas eleitorais, na revista Piauí:
Haddad só converteu até agora as intenções de voto de um em cada três eleitores que se declaram simpatizantes do PT. Esse contingente varia de 21% (Datafolha) a 24% (Ibope) do eleitorado. Mesmo que não converta 100%, se convencer dois em cada três petistas a votarem nele, Haddad saltará dos 8% ou 9% que tinha segunda-feira para 16% ou 17%.
16% ou 17% são o suficiente para isolar-se como segundo colocado.
Daí que diante de novo comportamento anêmico dos que com ele disputam ser a alternativa a Jair Bolsonaro, Haddad, ainda mais se mantiver a estratégia de restringir seus ataques a Michel Temer, unanimidade nacional, quem é que se credencia a ser o “voto útil” antibolsonarista?
Pode ser até pouco, no universo total dos eleitores, mas 3 ou 4% que migrem por essa razão para Haddad serão importantes para garantir, senão a primeira colocação no 1° turno, ai menos um placar apertado que lhe amplie as possibilidades de vitória na rodada final.
A ver, daqui a pouco, nos dados do Datafolha, como o quadro evolui. Mas a lógica indica que Haddad e Bolsonaro serão as estrelas do espetáculo.
Madalena França Via Tijolaço
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