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domingo, 30 de setembro de 2018

Mulheres do #EleNão são mais valentes que a mídia do #CensuraSim


As palavras não são minhas, são do advogado da Folha de S. Paulo,Luís Francisco Carvalho Filho,  sobre a decisão de Luiz Fux de proibir que se faça ou que, tendo sido feita, que se publique, uma entrevista com Lula autorizada pelo também ministro do STF Ricardo Lewandowski.
A decisão do ministro Fux é o mais grave ato de censura desde o regime militar. É uma bofetada na democracia brasileira.
A bofetada foi aceita em silêncio pela Folha e por toda a “grande” imprensa, onde o dinheiro é grande, mas a alma é miúda como a de uma barata.
Passadas 24 horas, não foram ouvir um jurista, não procuraram uma declaração – em off, que fosse – de outros ministros do Supremo, não “repercutiram”, como se diz no jargão jornalístico, a decisão de Fux.
E não faltam juristas e ministros criticando, para quem quiser ouvir, a reedição da censura prévia.
Diante da bofetada, a Folha preferiu miar, lançando um editorial em que ataca Bolsonaro e Haddad da mesma forma, como se fossem ameaças idênticas à democracia.
Em 13 anos e pico de poder, qual foi a ameaça que o PT trouxe às instituições? Pode ter, a critério do jornal, errado, pode ter tido integrantes envolvidos em malfeitos, tanto quanto outros partidos numa política dominada pelo dinheiro.
Mas o ataque real, objetivo, grosseiro de Luiz Fux à liberdade de imprensa, a bofetada de que seu advogado falou, da Folha não mereceu uma linha, sequer mesmo uma palavra.
Nem dos demais “campeões da liberdade” da mídia, que não admitem que se controlem seus negócios com concessões públicas, mas aceitam de bom grado ordem sobre do que podem ou não podem falar.
Amanha, sua “ombudsman” vai reclamar que “o jornal demorou a reagir” ou ficará apenas tecendo loas à uma “imparcialidade” do editorial “murista”?
Quando comecei na profissão, 1978, a censura da ditadura militar já abrandara.
Já era impossível uma proibição como a  que fez Luiz Fux ontem.
Mas chefes se demitiriam se se os jornais acatassem docilmente a censura.
40 anos depois, a imprensa é mais pusilânime do que aquela que tinha de engolir as ordens dos generais.
As mulheres deram hoje uma lição de valentia com o movimento do #EleNão.
Não aceitam bofetadas.
A imprensa, ao contrário, parece que sim.
Madalena frança via tijolaço.

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