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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Lula vai ao STF e volta à ONU pelo direito de candidatar-se


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Os “sabidos” que sugerem que Lula “entregue a rapadura”  e aceite que tem de deixar de ser candidato, “passando a bola” a Fernando Haddad e aceitando o diktat judicial fora da lei que cassa o seu direito de candidatar-se, ficaram, de novo, a ver navios.
Lula decidiu enfrentar a batalha e, além de recorrer ao Supremo Tribunal Federal, apresenta, talvez ainda hoje, reclamação à ONU por ter sido ignorada a decisão do Comitê de Direitos Humanos que determinava que o Estado brasileiro – TSE incluído – se abstivesse de proibir sua candidatura e garantisse seu direito de expressão.
99% dos “sábios”, claro, quer tudo, menos que Lula seja candidato e vença as eleições. Há, entretanto, gente que se contamina pelo pensar convencional da política e não crê que o povo seja capaz entender o que se passa.
Tanto entende que Lula é líder – e cada vez mais – nas pesquisas de opinião.
Não apenas isso, é o centro do processo eleitoral e da polêmica política.
São todos contra ele e ele contra todos.
A direita está apavorada com o sorteio do relator do recurso no STF, pois Cármen Lúcia, Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Edson Fachin não podem podem concorrer à relatoria. Sobram “perigosos” como Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e – este menos – Dias Toffoli e as “esperanças” Alexandre de Moraes, Luiz Fux e  Celso de Mello, que fez panfletagem de seu parecer por ignorar a jurisdição internacional sob o duvidosíssimo e  burocrático argumento da falta de um decreto executivo que se reveste de mera formalidade.
E mais apavorada ainda de que venha um pronunciamento mais enérgico do Conselho de Direitos Humanos, solenemente ignorado pelo TSE. Embora os organismos internacionais ajam com mais lentidão, a afronta foi grande e criaria um incidente de grande magnitude.
Lula sabe que, com tudo isso, a chance de que a lei seja cumprida é pequena, porque o processo kafkiano a que está submetido já não permite dúvidas e ilusões.
O que Lula tem, ao contrário, é uma certeza: a de que está sendo travada uma luta de vida ou morte e, como dizem os gaúchos, “não tá morto quem peleia”.
Os que se acham pragmáticos deveriam pensar no que disse Nélson Rodrigues, sabidamente um reacionário, sobre os “idiotas da objetividade” ao narrar a crise de 1954:
Era, repito, a implacável objetividade. E, depois, Getúlio deu um tiro no peito. Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil. E que fez o Diário Carioca? A aragem da tragédia soprou nas suas páginas? Jamais.(…) O Diário Carioca não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio. Era a monstruosa e alienada objetividade. As duas coisas pareciam não ter nenhuma conexão: — o fato e a sua cobertura. Estava um povo inteiro a se desgrenhar, a chorar lágrimas de pedra. E a reportagem, sem entranhas, ignorava a pavorosa emoção popular. 
O processo social  não avança no tempo dos analistas políticos.
Ora é mais lento, ora é mais rápido, é mais sábio.
Mas não admite a covardia.
Veja a entrevista de Haddad depois de visitar Lula, hoje.


Madalena França via Tijolaço

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