É evidente que, sem a anuência do pai, o “Filho 01”, não assinaria um projeto como este, o de acabar com as reservas de mata em todo o país.
Não é preciso muita argumentação para mostrar que isso é improcedente, do ponto-de-vista econômico.
O Brasil produzirá este ano perto de 240 milhões de toneladas de grãos, em 62 milhões de hectares, um acréscimo de 30% em 10 anos, agregando mais de 15 milhões de hectares desde 2007, ou o território de Portugal, Bélgica e Dinamarca, somados.
Temos um rebanho bovino de 220 milhões de cabeças que, é claro, não é criado em áreas de mata.
É evidente que há aspectos que devem ser aprimorados na legislação ambiental. Não se pode barrar o que beneficia milhões de pessoas por um alfinete ecológico e sempre há maneiras de mitigar danos, com políticas mais inteligentes, aliás, do que a de “compensá-los” com meia dúzia ne mudas de árvores numa pracinha, o que muitas vezes se fez.
Há questões, como os corredores de preservação e a defesa das matas ciliares que, inclusive, devem ser ampliadas, até por seu alcance ambiental exponencial.
Mas o que se quer não é racionalizar, é devastar.
É a gente que privatiza tudo, inclusive o direito de desertificar, erodir, destruir. ‘É meu, faço o que eu quiser”, esta é a lógica monstruosa deste capitalismo miliciano.
A função social da terra é, há 80 anos, reconhecida pela legislação brasileira.
Pelas mãos do filho, transformado em “laranja” parlamentar, Jair Bolsonaro põe e prática o seu plano de devastação.
(Tijolaço)
Por Madalena França
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