POR FERNANDO BRITO · 13/04/2019
O governo, até agora, vinha escapando de todos os confrontos que o colocassem em desvantagem no parlamento.
Na votação do orçamento impositivo e na do decreto que ampliava o poder de funcionários de ampliar o sigilo de documentos, sentindo a rejeição, embarcou num “voto único”, contrário.
Na Comissão de Constituição e Justiça, vendo que haveria a convocação formal de Paulo Guedes, depois que este faltou ao primeiro convite, optou por um acordo para que comparecesse na semana seguinte.
Bastou o panorama melhorar um pouco, com duas derrotas da oposição ao tentar obstruir o andamento para o governo “se achar” e Ônyx Lorenzoni disparar um telefonema mandando o presidente da CCJ, Felipe Francischini, dar o dito pelo não dito e romper o acordo de inversão de pauta que privilegiaria a votação das emendas parlamentares impositivas.
Com o recuo de Fracischini, informa Tales Faria em seu blog, o Centrão resolveu atropelá-lo e o presidente da comissão passou a admitir que porá em votação a inversão de pauta. Se o governo tentar evitá-la, no voto, terá uma derrota expressiva.
E terá, afinal, produzido uma votação em que e medirá a minoria de apoio incondicional que tem e que permitirá ao centrão contabilizar o seu poder de barganha.
É provável que recue – não sem antes sucessivos discursos de protestos contra a intervenção de Ônyx e do Palanlto – e ceda, para que não aconteça o que lá no interior gaúcho se expressa com o ditado “cachorro que comeu ovelha, só matando”.
O governo está refém do pior dos inimigos: o tempo.
Enquanto Rodrigo Maia repete as declarações de que a reforma será votada logo, o Valor divulga que seu partido, o DEM, projeta só para setembro a votação na Câmara.
(Tijolaço)[
Por madalena França
Por madalena França
Sem comentários:
Enviar um comentário