Jair Bolsonaro, finalmente, exonerou o cadáver que habitava o Ministério da Educação e nomeou para o cargo o economista Abraham Weintraub, número dois de Ônyx Lorenzoni, que se aproximou do governo, na fase de montagem, como especialista em Previdência.
Bem, temos o óbvio – o “até aí morreu Vélez -, a dúvida – como será sua aliança com as forças olavistas que ocuparam o MEC – e a certeza: a de que o novo ministro dificilmente será empoderado, pois o aniquilamento das universidades e o primarismo da “solução educacional” com o estabelecimento de um dúzia e meia de escolas militares, não pode fazer parte do pensamento de alguém que tenha o mínimo juízo.
O novo ministro, porém, tem antecedentes para não se achar que juízo e civilidade sejam os seus fortes.
O BR-18, do Estadão, narra que ao discursar na Cúpula Conservadora organizada por movimentos de direita em Foz do Iguaçu, ano passado, “o novo ministro defendeu que, para vencer o debate com a esquerda, os conservadores devem usar o humor e “adaptar” as ideias de Olavo de Carvalho. “Quando um comunista chegar para você com o papo “nhoim nhoim”, xinga. Faz como o Olavo de Carvalho diz para fazer. E quando você for dialogar, não pode ter premissas racionais”
Weintraub é professor universitário, mas fez carreira no mercado financeiro. Foi sócio na Quest Investimentos, diretor do Banco Votorantim e membro do comitê de trading da BM&F Bovespa.
Suceder Vélez é uma vantagem, porque é suceder algo entre o nada e o ridículo.
Mas ter prestígio e autonomia é bem mais difícil, quando se trata de ser responsável pela educação no governo de um energúmeno. Como acompanha Bolsonaro há dois anos, Weintraub parece ser resiliente à burrice.
O que demanda absorvê-la em boa quantidade.
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