Trecho do artigo de Luiz Fernando Vianna - ÉPOCA
[...]
O Rio de Janeiro é um enorme buraco financeiro, moral, político, logístico, até emocional. É terrivelmente triste viver na cidade hoje. O clichê “não há saída” é sentido concretamente. Como pensar numa “refundação” (outro clichê) se o buraco é tão fundo e tão largo? E é um buraco que cresce há muito tempo — bem antes de Cabral, diga-se, embora ele seja o representante maior da casta de governantes que se empenhou para destruir o Estado e a capital.
Segundo o jornal O Globo, Crivella ainda não gastou, em 2019, um centavo sequer em drenagem urbana. É um dado gravíssimo no quadro emergencial. Mas existe uma deterioração estrutural. Não há — e isso também não vem de hoje — políticas de saneamento básico, de urbanização de favelas, de habitação. Quando cai com força, a chuva traz tudo isso à tona.
No Rio, como em outras metrópoles brasileiras, as pessoas moram muito longe de onde trabalham. Gastam dinheiro, saúde e horas para se locomover na cidade. Quando chove, são milhares os que ficam nas ruas caçando uma forma de ir para casa. Com sorte, entram num ônibus velho e sem ar-condicionado ou andam quilômetros até uma estação de metrô.
Leia artigo na íntegra clicando ao lado: O Rio de Janeiro é um grande buraco [Artigo] - Época
Madalena França Via Magno Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário