CHAMA A GLOBO PARA DIZER QUE OS PROFESSORES DE OROBÓ RECLAMAM DE ESTAREM CUSTEANDO A EDUCAÇÃO, ONDE ESSA FUNÇÃO É DO MUNICÍPIO.
Nem sempre a cor da fruta determina o sabor. Os velhos ditados populares ensinam que gaiola bonita não dá comida a canário, beleza não põe mesa, e que as aparências enganam.
Na entrada da cidade de Orobó um outdoor anuncia que estamos em destaque e ocupamos o primeiro lugar em educação do Agreste Setentrional.
Professora há 33 anos neste município, posso afirmar que já tivemos melhores momentos, e que já tivemos alunos com melhores desempenhos nos anos de outrora. Dá para se imaginar como se chegam a esses resultados. Mas esse é assunto para outra postagem.
Nesta venho noticiar que os professores de Orobó em especial os dos anos iniciais, do Infantil ao 5º ano, reclamam que estão sobrecarregados da pedagogia de projetos, onde eles devem apresentar sempre culminâncias organizadas, e que para isso é preciso arcar com os gastos do projeto. Eles recebem os temas mas para que sejam desenvolvidos. Porém, é preciso material pedagógico como papeis de várias espécies, bola de sopro, cartolinas, papel 40, emborrachados, tnt, fitas adesivas, pilotos coloridos , cola, tesouras, etc...
Além disso, muitos professores não tem habilidades artísticas para decoração e criatividades outras e muitas vezes é preciso pagar, até para ornamentação das salas a uma pessoa de fora da escola, com essas habilidades. Nem todo mundo é um artista!
Professores mandam avisar que a função de custear a Educação é do município e não deles. O salário deles é algo inerente as suas despesas e de sua família e não para financiar propaganda política da Educação.
Desde 2016 que o professor teve um pacote de maldades votadas pela câmara de vereadores que penalizou e muito, o salário dos professores:
_ A alíquota da contribuição previdenciária subiu de 11 para 14%- dando ai um prejuízo para um professor que recebe o piso, de mais de R$ 60,00
_ As gratificações como pó de giz, locomoção e quinquênios foram congeladas, o que resulta numa perca grande de salários.
Para manter o Glamur e as aparências de uma Educação dinâmica é preciso investimento financeiro. Sobrou para o professor a perca salarial e o aumento de gastos em propaganda.
A Globo é chamada a analisar o resultado do projeto, mas não é informada que é o professor quem está bancando os custos. Quem é efetivo ainda se vira, quem é contratado está pagando para trabalhar...
Outro fato grave é que o Dinheiro das UEX, não é mais gerido pela instituição Escola. O professor não é nem informado quanto veio nem o que foi comprado. O diretor não tem culpa porque é um contratado e ou reza por essa cartilha, ou perde o emprego.
Perguntar não ofende : O papel do professor é ensinar, transmitindo os conhecimentos e apontando caminhos onde o aprendiz vai construindo o seu próprio conhecimento, ou é custear a Educação?
Por Madalena França.
Sem comentários:
Enviar um comentário