O primeiro é dizer que o país aproxima-se de um “colapso social”: “Vai entrar no colapso de ruptura das relações sociais. É nisso que vai chegar”, diz ele.
Ele frisa que, pior do que a queda de popularidade de Jair Bolsonaro entre a população é o fato de isso se dar mais fortemente ainda entre os homens do capital:
Quando a popularidade do presidente cai, a confiança dos investidores em aplicar os seus recursos no Brasil também cai. Se você olhar os números da economia, vai ver dados desastrosos. Não é bom que ele já esteja em algumas pesquisas com 25% de ótimo e bom, que entre os formadores de opinião no mercado financeiro tenha caído de 80% para 14%. Vai ver o que está acontecendo com a construção civil. Pararam o Minha Casa Minha Vida, e isso é muito grave.
Maia condena a “monomania previdenciária” do governo e de suas área econômica, dizendo que a reforma “não resolve qualidade na educação, médico no hospital, produtividade no setor público ou privado, crescimento econômico ou desemprego”.
O segundo é que, a partir daí, ele parece sinalizar que não vai mais forçar tanto para que a votação da PEC em plenário aconteça no primeiro semestre legislativo, como vinha frisando em todas as suas falas, até agora, afirmando que”a perda de expectativa do mercado não tem relação com ter votado ainda ou não a Previdência, mas com as sinalizações confusas que o governo deu, pelo menos até os últimos 15 dias”.
Não é fácil, mas vamos trabalhar para isso [a aprovação da reforma ainda em julho]. A gente tem que trabalhar com datas, porque se não vai ficando para depois. Se não tem objetivo, vai extrapolar nosso tempo. Claro que não há atraso. O governo tinha a proposta do Michel Temer] , que era de R$ 1 trilhão, podia ter buscado e votado em março. Teria passado? Acho que não, mas era uma opção. Ninguém pode dizer que a reforma está atrasada, como algumas vezes meu amigo Paulo Guedes fala que está atrasada.
Para mim, os dois pontos centrais da fala de Maia, porque são sinais que ele emite às forças políticas.
Aliás, houve mais um: ao Centrão, ao qual defendeu dizendo que “a forma pejorativa como se trata o tal Centrão hoje, amanhã na história vai entrar como os partidos que salvaram o Brasil do colapso social” que apontou.
Estou para ver um desprendimento tal destes deputados. (Tijolaço).
Por Madalena França
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