Fonte: Tijoçaço
“Eu falo de AI-38. Quer falar de AI-38? Eu falo agora contigo. Quer o AI-38? Eu falo agora. Esse é meu número. Outra pergunta aí”.
A reação, grosseiramente jocosa, de Jair Bolsonaro às perguntas dos repórteres sobre as declarações de Paulo Guedes sugerindo que manifestações de rua poderiam trazer de volta o AI-5 tem certa verdade.
Este é o ato institucional que ele quer e não criam que o número 38 refere-se à ficção partidária da tal Aliança pelo Brasil.
O partido que Bolsonaro escolheu como base política de seu governo é o partido militar-policial.
Conta – e não sem razões – que os controladores da opinião pública lhe permitirão este esparramo de poder em troca das “reformas” econômicas de Paulo Guedes.
E que o Supremo, dividido e acovardado pela mal disfarçada militância pró-direta de alguns ministros, já oferecer sempre respostas flácidas e titubeantes como essa de Dias Toffoli de dizer que o AI-5 “é incompatível com a democracia”.
Não, ministro o AI-5 é a abolição de qualquer vestígio de Estado de Direito: é a ditadura, pronta e acabada.
Estamos nos movendo para uma confrontação e isso é algo que até as pedras da calçada o perceberam.
Nosso dever é manter estas pedras por lá, evitar os provocadores, mas aceitar o desafio inescapável de defender as liberdades publicas e a sacralidade da vida humana.
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